1 - Guarde o coração em Paz á frente de todas as situações e de todas as coisas. Todos os patrimônios da vida pertencem a Deus.
2 - Apóie-se no dever rigorosamente cumprido. Não há equilíbrio físico sem harmonia espiritual.
3 - Cultive o hábito da oração. A prece é a luz na defesa do corpo e da alma.
4 - Ocupe o seu que tempo disponivel com o trabalho proveitoso, sem esquecer o descanso imprescindível ao justo refazimento. a sugestão das trevas chega até nós pela hora vazia.
5 - Estude sempre. A renovação das idéias favorece a evolução do espírito.
6 - Evite a cólera. enraivecer-se é animalizar-se , caindo nas sombras de baixo nível.
7 - Fuja a malidicência. O lodo agitado atinge a quem o revolve.
8 - Sempre que possível, respire a longos haustos e não olvide o banho diário, ainda que ligeiro,. O ar puro é precioso alimento e o banho revigora energias.
9 - Coma pouco. A criatura sensata come para viver, enquanto a criatura imprudente vive para comer.
10 - Use a paciência e o perdão infatigavelmente. Todos nós temos sido caridosamente tolerados pela Bondade Divina milhões de vezes e conservar o coração no vinagre da intolerância é provovar a própria queda na morte inútil.
Enviado especial à Abadiânia (GO)
Abadiânia, pequena cidade goiana de pouco mais de 10 mil habitantes, nem rodoviária possui, a parada fica às margens da rodovia BR 060, mas mesmo assim o município recebe uma multidão de pessoas diariamente, que buscam a cura pelas mãos de seu mais ilustre morador, João Teixeira Soares, mais conhecido como médium João de Deus.
Nas ruas de terra vermelha, o cheiro de mato é característico. Todos os caminhos levam a um só lugar: um casarão conhecido como Casa Dom Inácio de Loyola. O local é uma espécie de hospital espírita, criado pelo médium.
Para os desavisados, os idiomas dos letreiros comerciais – em sua maioria em inglês – nos dão a impressão de estarmos em uma típica vila de imigrantes britânicos. O povo que anda pelas ruas também ajuda a compor essa ilusão. Mas não trata-se de uma colônia. Na verdade, são pessoas de várias partes do mundo que vêm à cidade atraídos pela fama do médium e seus dons de cura.
No mar de gente que toma conta das ruas da pequena cidade, a confusão de línguas justificava a sinalização internacional. No meio de toda aquela gente, alguns falavam espanhol, outros inglês, e alguns se comunicavam em italiano. Um grupo grego também conversava no local.
Definitivamente, a língua portuguesa era a minoria.
Junto com os primeiros raios de sol, uma legião de pessoas com vestes brancas formam um grande lençol branco. Todos eles tinham um só destino: a "enfermaria do céu", como é conhecido o casarão.
Primeiras impressões
Ao entrar no casarão, na manha da última quinta-feira (12), não demorou muito para que o salão ficasse completamente lotado. Pessoas das mais diversas origens e classes sociais aguardavam silenciosamente o início dos trabalhos. Um homem com roupas brancas subiu em um tablado, meditou um pouco, foi até o triângulo de madeira, e olhou a multidão.
O início dos trabalhos
O homem fez uma pequena oração, em seguida deu as boas-vindas a todos e falou sobre o funcionamento das atividades. As pessoas foram previamente divididas em grupos. Cada um possuía uma ficha sem numeração, com quatro classificações: "1ª vez", "2ª vez", "revisão", e "oito horas". Também havia no local um grupo intitulado de "cirurgia", mas este não tinha fichas.
O homem permanecia no palco explicando os procedimentos e dizia que o médium João de Deus iria atender a todos. Os visitantes foram chamados em grupos, se organizando em filas. O voluntário falou: "Vamos formar a fila de quem veio para a cirurgia".
As pessoas iam se encaixando uma a uma na fila que se formava à frente da porta do meio do grande salão. Muitos cadeirantes estavam ali. As pessoas iam entrando na fila aleatoriamente, sem nenhum sinal de pressa ou receio.
Finalmente quando os visitantes de 1ª vez foram chamados, entrei na fila.
Fomos orientados a não fechar os olhos e a não cruzar os braços. Sob forte emoção, algumas pessoas passaram mal e foram rapidamente levadas à enfermaria.
A poucos passos de João de Deus
No mínimo 150 pessoas estavam sentadas em uma sala ao lado, todas de branco em estado de meditação. A fila passava pela sala e virava à esquerda, mais alguns passos, e lá estava sentado o médium conhecido por João de Deus.
No primeiro contato com o médium, informei que faria uma reportagem. Já em transe, ele sorriu e disse que já tinha conhecimento do fato. Rabiscou algumas anotações em um pedaço de papel e pediu para voltar na parte da tarde.
O relato cirúrgico
No início da tarde, os voluntários chamam as pessoas, primeiro foram chamados aqueles que seriam "operados". Passando pela sala da "corrente", eles eram conduzidos à sala de "passe", enquanto eram preparados para a cirurgia, na sua maioria espirituais, (sem cortes), outros eram orientados a sentar, fechar os olhos, e se concentrar em coisas boas. Incorporado por uma entidade conhecida por Dr. Augusto, o médium João de Deus, autorizou a imprensa a acompanhar as cirurgias.
Ele começou a operar duas pessoas que ficaram em pé na na sua frente. A entidade conversava simultaneamente com mais duas pessoas que estavam fotografando e filmando a cirurgia. "A maioria das cirurgias são espirituais, mas tem alguns casos que as pessoas só acreditam que estão curadas se houver corte", explicou o médium incorporado. Ele continuou a intervenção e abriu uma pequena incisão no abdômen de uma mulher loira com aproximadamente 25 anos. O corte quase não sangrou. Ele mexeu bastante na área e afirmou: "Tá vendo, essa mulher tinha um hérnia, agora ela está curada".
Durante todo o processo, a mulher ficou consciente. No momento da sutura, ela sequer reclamou de algum tipo de dor.
Quem é o médium João de Deus
Na entrevista, João de Deus fez questão de deixar bem claro que ele não cura ninguém, e atribui seus dons a Deus. "Eu sou apenas um mediador dessas curas", adianta. Criei a casa para fazer o bem. Milhares de pessoas passam por aqui em busca de cura, em busca de equilíbrio espiritual, a maioria das pessoas vem pela dor, mas alguns vêm pelo amor. Elas vêm por livre arbítrio por reconhecerem o trabalho que realizamos, elas sabem que aqui a coisa é séria", destaca.
Aos 66 anos, a mediunidade de João Teixeira Soares aflorou muito cedo, quando ele tinha apenas nove anos. Nessa época, João vivia na cidade de Itapaci (GO) com a mãe e mais quatro irmãos, todos mais velhos.
Uma das primeiras manifestações da mediunidade de garoto aconteceu próximo a Itapaci, quando ele e a mãe estavam em uma vila e João a teria alertado para que se protegessem o mais rápido possível porque uma grande tempestade estava a caminho. "A mãe teria olhado para o céu, que estava limpo e sem nuvens, por isso, não levou muito a sério o que João disse. Assim mesmo, ela se teria se dirigido a casa de um conhecido. Pouco tempo depois, um forte temporal devastou um quarto da vila", conta.
Vindo de uma família humilde, João abandonou os estudos ainda na segunda série primária. Diante das dificuldades, o garoto, aos 14 anos foi para a cidade de Campo Grande (MS) em busca de trabalho. Não conseguindo emprego, o jovem teria passado fome. Ao se sentar perto de um rio, João viu uma luz, e ouviu uma voz lhe pedia para que procurasse um centro espírita.
Lá chegando, foi recebido à porta pelo presidente do centro, que disse já estar esperando por ele. João se aproximou e subitamente desmaiou. "Ao acordar, ficou sabendo que, incorporado, havia operado e atendido a dezenas de pessoas. Desde então, não parou mais de realizar trabalhos de cura. Aproximadamente 10 milhões de pessoas já foram curadas de várias doenças ", conta o colaborador Hamilton Pereira.
O médium já perdeu a conta de quantas vezes foi acusado e preso acusado de prática ilegal da medicina. Hoje, ele atende a um sem número de médicos, juízes, delegados e advogados.
"Senti que já estava curado"
Aos 60 anos o professor, esportista, advogado e ex-militar José Severino da Silva recupera-se de uma isquemia cerebral que tirou seus movimentos. A provação não foi suficiente para abalar a sua fé. Silva se deslocou de Jataí (GO) até Abadiânia em busca da cura pelas mãos do médium João de Deus. Com voz mansa e um olhar cheio de esperança, ele comentou emocionado: "Faz menos de um mês que meu lado esquerdo foi totalmente paralisado. Senti que deveria vir aqui", afirmou.
José consultou com o médium no período da manhã. "Foi uma experiência muito interessante", diz o homem com uma indisfarçável sensação de alívio. "Eu não esperava que ele marcasse uma cirurgia para mim. Ao passar por ele, eu senti uma coisa diferente. Eu fiquei chocado porque não disse o que eu tinha, e, mesmo assim, ele me diagnosticou corretamente", falou.
"Ele não conhecia o resultado dos meus exames, mas disse tudo, de forma correta. Agora estou ansioso para a cirurgia que vou realizar nessa tarde", desabafou o aposentado visivelmente comovido.
Já na parte da tarde ao deixar a sala, a felicidade era perceptível. Ele relata que fez a cirurgia foi espiritual sem incisões. "Quando saí da cirurgia eu já estava diferente, senti que já estava curado". Impressionantemente, o aposentado mexia timidamente as mãos e os pés, coisa que ele não fazia antes. "Sei que a recuperação é lenta, mas já estou mexendo meus dedos. Esse homem tem muito poder". Nesse instante as lágrimas caíram de seu rosto e do filho que o conduzia na cadeira de rodas.
Cura que desafia a medicina
Com um diagnóstico que mais parecia uma sentença de morte, recebido por um médico, em 1997, em decorrência de um câncer na boca, a paulistana Maria Aparecida Afonso, de 49 anos, sorri ao afirmar já se completam 12 anos quando aceitou sair da capital paulista a pedido do médium João de Deus. "O médico tradicional me deu apenas um mês de vida, meu estado era muito grave", relembra. "Já estava desenganada pelos médicos, sentia muita dor, sem saber o que fazer. Uma amiga me contou sobre as curas de um médium chamado João de Deus, decidi procurá-lo na esperança de ser curada. O médium fez uma cirurgia em mim. Ele disse que ia me curar. Eu acreditei e me curei. Vinha freqüentemente de São Paulo para cá".
"As idas e vindas eram freqüentes, até que um dia João de Deus pediu que eu viesse morar para cá. Eu vim e hoje estou curada, ainda estou em tratamento, mas o câncer se foi", comenta.
Federação Catarinense de Espiritismo vê atuação de João de Deus com ressalvas
O presidente da Federação Catarinense de Espiritismo, Olenyr Teixeira, conhece os trabalhos realizados pelo médium João de Deus. Segundo ele, os médiuns que trabalham com cirurgias eram muito comuns no passado, quando havia a necessidade de disseminar as práticas espirituais. Atualmente, esses trabalhos continuam ocorrendo, porém, com menos freqüência.
A única ressalva do presidente da entidade catarinense é quanto à cobrança realizada pelo médium João de Deus a alguns pacientes. "Nós sabemos que muita gente alega que essas pequenas cobranças são destinadas a manutenção das casas espirituais. No entanto, o Evangelho Espírita, no capítulo 26, é intitulado ‘Dar de Graça o que de graça receber’ ou seja, não se pode cobrar um trabalho pelo dom. Todavia, temos que ter cuidado para que a situação não se torne um comércio em cima da fé", enaltece.
"Acho que João de Teixeira de Faria é um dos poucos que ainda estão destinados a atuar dessa maneira, e mais uma vez, eu falo, que a sociedade espírita concorda com o médium quando ele fala que quem cura não é ele, e mais do que a cura, o que tem de ter em mente a doutrina, para que possamos perceber o porquê de estarmos diante dessas enfermidades" finaliza.
Quem quiser se inteirar mais sobre a doutrina ou curas espirituais pode obter mais informações num dos sete centros credenciados à federação na cidade. O mais central deles fica na rua Paraná, 77. O horário de atendimento é de domingo à quinta-feira, sempre a partir das 20 horas.
O Espiritismo é uma doutrina do Sim. O não está perdendo sua vez. É “proibido proibir” no Espiritismo. Isso não quer dizer que ele seja uma doutrina que pregue a anarquia ou irresponsabilidade. Ao invés do proibir ele mostra as conseqüências dos sentimentos, pensamentos e atos humanos. Convida o indivíduo a assumi-las corajosamente, trabalhando em prol de seu próprio progresso espiritual. Muito se tem afirmado em nome do Espiritismo e, às vezes, toma-se como verdades incontestes sentenças sem fundamentação doutrinária e lógica, dando-lhes inclusive um colorido próprio em função da maneira enviesada de enxergar o mundo. Permitimos, muitas vezes, que nossos preconceitos e valores se misturem as luzes que o Espiritismo nos mostra.
Conforme os escritos de Allan Kardec, o Espiritismo é uma doutrina evolutiva, isto é, modifica-se de acordo com a evolução da humanidade, pois se em algum ponto se demonstrar que ela está equivocada e se provar que algum conhecimento superior lhe ultrapassar seus princípios, aquele novo saber será admitido. Isso leva a entender que um conhecimento deve sempre ser analisado a luz da razão e que esta varia de acordo com a evolução da sociedade e dos indivíduos.
Algumas “verdades” que tinham sua eficácia na época medieval hoje são tidas como dogmas em face do surgimento de novas 'verdades', que por sua vez serão ultrapassadas adiante. Como exemplo podemos tomar alguns postulados da física clássica que foram ultrapassados com o surgimento da física relativística. O conhecimento humano é dinâmico e se altera com sua evolução e com a aquisição de faculdades psíquicas que ele ainda não possui. Tudo é impermanente e o absoluto apenas está com Deus.
Já ouvi pessoas afirmarem que o Espiritismo não e Política. De fato, não o é. Portanto sim para essa colocação. Ouvi também outras pessoas dizerem o contrário, isto é, que o Espiritismo é política. De fato, é. Portanto sim também para essa consideração. Sim para ambas as sentenças. Você que me lê pode pensar que estou confuso ou que não se pode afirmar idéias contraditórias.
A questão remonta ao entendimento do que se diz e a não se generalizar afirmações, nem temer a ampliação de idéias. Quando se trata de analisar princípios a cautela é recomendável tanto quanto a discussão sem preconceitos.
Vejamos o motivo do sim para sentenças contraditórias. O Espiritismo não é política partidária nem tampouco se envolve com grupos políticos sectários que utilizam meios incoerentes com os fins. Não prega bandeiras que neguem o amor e a paz. Não estimula o engajamento em idéias e políticas contrárias a vida e a felicidade humanas. Não coloca sua tribuna a serviço da propaganda política de candidatos, de partidos ou de movimentos de degradação dos valores morais superiores. Porém, o Espiritismo é política quando trabalha pela erradicação da miséria e da exclusão social do ser humano. Sua política nesse sentido é a da
caridade sem fronteiras, isto é, para todas as classes. Prega uma política de maiores investimentos em educação formal e que favoreça aumento do número de escolas; de melhor distribuição de renda com a geração de empregos para que o trabalho digno favoreça o crescimento espiritual do ser humano. É a política a favor do ser humano e de seu crescimento espiritual. Não se submete nem se omite diante do poder político tampouco assume o lugar de oposição ou situação.
Portanto sim para uma coisa e sim para outra com enfoques diferentes.
Também já li que alguns afirmam o espiritismo ser uma Ciência.
De fato ele o é. Mas, também, já li que ele nada tem de ciência. De um certo ponto de vista ele não é. Portanto sim para as duas afirmações. O Espiritismo é uma ciência na medida em que realiza observações e experimentações em busca do estabelecimento de leis gerais. Possui um objeto de estudo próprio que o
diferencia de outras ciências e produz resultados práticos a partir de seus estudos. É uma ciência teórica e experimental, pois possui postulados que são comprovados na prática. Sua pesquisa não se dá em laboratórios sofisticados, mas na própria natureza sob condições especiais ou não. Sim o Espiritismo não é uma ciência porque seus protocolos científicos não estão consignados por uma lógica estritamente acadêmica e por um emaranhado de palavras rebuscadas. Não é uma ciência hermética cujos princípios e nomenclatura são compreensíveis apenas para uns poucos iniciados e que se transmite para alguns escolhidos. Não é uma ciência que obedece a uma lógica estritamente materialista e mecanicista.
Portanto sim para o sim e para o não.
Já li que o Espiritismo é uma Filosofia como também já bem já li que ele não é. Sim para ambas as frases. O Espiritismo é uma filosofia porque se propõe a busca das causas das coisas tal qual a clássica filosofia o faz. Aborda questões transcendentes que dizem respeito à essência da vida propondo explicações irrefutáveis sob o ponto de vista filosófico. Explica a vida, o ser humano e a natureza a partir de seus princípios lógicos e naturais. Suas leis não estão em tratados, mas na própria natureza. É uma filosofia especulativa e ao mesmo tempo prática. Propõe que o ser humano se torne participante de seu próprio destino. Não é uma filosofia por não se limitar a questões ontológicas, epistemológicas e axiológicas. Explico. Não se prende as discussões metafísicas intermináveis sobre o ser, nem se propõe a discutir uma teoria científica a
respeito do mundo e das coisas e tampouco possui um sistema de valores fixo e inamovível.
Uns dizem que o Espiritismo é uma Religião e outros dizem que não. Sim para as duas afirmações. Não é por não ter um sistema dogmático constituído de artigos de fé cuja discussão seja vedada ao crente. Não é por não se basear exclusivamente na fé nem no mistério. Não se propõe a ser a exclusiva via de se entender a vida e o universo. Não propõe o milagre nem a existência de forças sobrenaturais. Não possui dogmas, rituais, parâmetros, promessas miraculosas ou autoridades intermediárias que se intitulam representantes de
Deus. É, porém, uma religião por se colocar como proposta de conexão intima do ser humano e Deus. Portanto 0 Espiritismo diz sim ao não quando este quer significar a ausência de amor e de ligação com Deus pelo coração.
Adenáuer Novaes (Salvador–BA)
é conferencista, diretor da instituição filantrópica Fundação Lar Harmonia, do Centro Espírita Harmonia e do Centro Espírita Casa de Redenção Joanna de Ângelis, em Salvador.
É formado em Engenharia Civil, Filosofia, Psicologia e pósgraduado em Psicologia Junguiana. Trabalha como psicólogo clínico. Escreveu vários livros sobre Psicologia e Espiritismo. Realiza cursos, seminários e conferências pelo Brasil e já visitou vários países da Europa divulgando a Doutrina Espírita.
Após perder a esposa e a caminho do suicídio, um homem se depara com “O Livro dos Espíritos” e começa uma jornada de transformação interior rumo aos mistérios da vida espiritual e suas influências no mundo material.
O primeiro filme dos diretores André Marouço e Michel Dubret, acaba de ser rodado. Intitulado de “O Filme dos Espíritos“, o longa teve boa parte de suas gravações realizadas na cidade de São Paulo, mas outras cidades como Atibaia, Araçoiaba da Serra e Ubatuba também serviram de locação para a história.
Marouço é jornalista, radialista e produtor e está à frente da Mundo Maior Filmes (produtora vinculada à Fundação Espírita Andre Luiz). Dubret é formado em cinema pela Faap (Fundação Armando Álvares Penteado) e trabalhou por quatro anos no Studio Fatima Toledo, no casting e preparação de atores.
"Está em recente funcionamento em Belo Horizonte o Instituto Ser. É fruto do esforço de alguns amigos, capitenados pelo Haroldo Dutra Dias, companheiro que tem se destacado pelo esforço no estudo dos textos evangélicos e pela análise da significação da Boa Nova à luz do Espiritismo.
Uma das frentes de trabalho do instituto é o PodSer. Trata-se de um podcast, que é algo como um programa de rádio, em que algumas pessoas vão comentando um tema, mas com a vantagem de ficar disponível na Internet para que cada um ouça quando quiser.
O PodSer teve publicado, essa semana, o seu 5º episódio. E dessa vez o tema central foi a música.
Foram convidados o Tim, da dupla Tim e Vanessa, e o Gladston, que escreve a maioria das letras das músicas da dupla. Eles e o pessoal do Instituto bateram um papo muito legal sobre a história de algumas músicas, o sentido do trabalho, a maneira como eles se posicionam frente a tudo isso, etc.
Eeu escutei o episódio nesse fim de semana e só posso dizer que ficou muito bom, e que vale muito à pena, principalmente para os interessados na música espírita. Ademais, é uma rara oportunidade de ouvir o Tim e o Gladston falando sobre o tema.
Então envio o link a seguir, com o fim de compartilhar com os amigos leitores desse blog:
A propósito, os outros episódios também estão muito legais. Eu já ouvi o nº 1 e estou no meio do nº 2. Tenho usado esse material de noite, antes de dormir, e dá pra aprender muito.
Se você gostar, ajude a divulgar, para que outros possíveis interessados possam ter acesso a esse material."
Os Exilados da Capela é uma das obras de Edgard Armond que trata de forma abrangente a evolução espiritual da humanidade terrestre segundo tradições proféticas e religiosas, apoiadas em considerações de natureza histórica e científica.
Além desta obra, que já é um best seller, o autor nos legou ainda Almas Afins e Na Cortina do Tempo, que compõem uma trilogia sobre os caminhos da humanidade, além de diversas outras obras de conhecimentosdoutrinários.
Algumas estavam relativamente esquecidas ou sem condições de serem editadas, apesar de seu grande valor.
Com satisfação, a Editora Aliança reúne agora todas elas numa coletânea denominada Série Edgard Armond.
O leitor ávido de conhecimentos certamente irá apreciá-la, enriquecendo significativamente sua vivência espiritual.
As pessoas que não têm do Espiritismo senão um conhecimento superficial, são naturalmente levadas a fazer certas indagações, às quais um estudo completo lhes daria, sem dúvida, a solução. Mas o tempo e, freqüentemente, a vontade, lhes faltam para se consagrarem às observações continuadas. Quereriam, antes de empreender essa tarefa,
saber ao menos do que se trata e se vale a pena dela se ocuparem.
Pareceu-nos útil, pois, apresentar, em um quadro restrito, a resposta a algumas das questões fundamentais que nos são diariamente dirigidas.
Isso será, para o leitor, uma primeira iniciação e, para nós, tempo ganho pela dispensa de repetir constantemente a mesma coisa.
O primeiro capítulo contém, sob a forma de diálogos, respostas às objeções mais comuns da parte daqueles que ignoram os primeiros fundamentos da Doutrina, assim como a refutação dos principais argumentos dos seus opositores. Essa forma nos pareceu mais conveniente, porque não tem a aridez da forma dogmática.
O segundo capítulo é consagrado à exposição sumária das partes da ciência prática e experimental, sobre as quais, na falta de uma instrução completa, o observador novato deve dirigir sua atenção para julgar com conhecimento de causa. É de alguma forma o resumo de O Livro dos Médiuns. As objeções nascem, o mais freqüentemente, de idéias falsas que são feitas, a priori, sobre o que não se conhece. Corrigir essas idéias é antecipar-se às objeções: tal é o objeto deste pequeno escrito.
O terceiro capítulo pode ser considerado como o resumo de O Livro dos Espíritos. É a solução, pela Doutrina Espírita, de um certo número de problemas do mais alto interesse de ordem psicológica, moral e filosófica, que são colocados diariamente, e aos quais nenhuma filosofia deu, ainda, soluções satisfatórias. Que se procure resolvê-los por outra teoria, e sem a chave que nos oferece o Espiritismo, e ver-se-á que elas
são as respostas mais lógicas e que melhor satisfazem à razão.
Este resumo não é somente útil para os iniciantes que poderão nele, em pouco tempo e sem muito esforço, haurir as noções mais essenciais, mas também o é para os adeptos aos quais ele fornece os meios para responder às primeiras objeções que não deixam de lhe fazer, e, de outra parte, porque aqui encontrarão reunidos, em um quadro restrito, e sob um mesmo exame, os princípios que eles não devem jamais perder de vista.
Para responder, desde agora e sumariamente, à questão formulada no título deste opúsculo, nós diremos que:
O Espiritismo é ao mesmo tempo uma ciência de observação e uma doutrina filosófica. Como ciência prática, ele consiste nas relações que se podem estabelecer com os Espíritos; como filosofia, ele compreende todas as conseqüências morais que decorrem dessas relações.
Pode-se defini-lo assim:
O Espiritismo é uma ciência que trata da natureza, da origem e da destinação dos Espíritos, e das suas relações com o mundo corporal.
Obra psicografada em 1911, mas totalmente atual graças à vigorosa imaginação do Autor. Um mago repleto de poderes percorre épocas distintas no tempo, chegando a um futuro não muito longínquo com notícia que afetará o planeta Terra como um todo. Os personagens, então, tomam consciência de realidade eminente. Estará próxima a morte do planeta?
“A Morte do Planeta” é o quarto volume de uma série de cinco livros escritos por Rochester. O primeiro, “O Elixir da Longa Vida” O segundo e o terceiro volumes “Os Magos” e “A Ira dos Deuses” o último “Os Legisladores”.
Luciana Gimenez, para viver a personagem Roseli, 30 anos mais velha que ela, a apresentadora teve de passar por um processo de envelhecimento que durava cerca de quatro horas (13/9/2010)
Luciana Gimenez, 40 anos, estréia no final deste ano como atriz. No longa "O Filme dos Espíritos", de André Marouço e Michel Dubret, a apresentadora viverá a personagem Roseli, e foi escalada para a produção após a atriz Regina Duarte ter se afastado das gravações. Luciana irá atuar ao lado de nomes como Nelson Xavier, Etty Fraser, Ana Rosa, entre outros.
"Foi um desafio muito grande aceitar esse papel, por algumas razões. A primeira por causa da responsabilidade de substituir uma das maiores atrizes do nosso país, a Regina Duarte, que se afastou devido as gravações de um compromisso já assumido anteriormente", diz Luciana sobre o pensamento que teve ao aceitar o convite para atuar. A apresentadora também teve outros desafios para conseguir se entregar ao papel. "Depois de aceitar [a participação] precisei achar um espaço na minha agenda, já que estava gravando diariamente na RedeTV!, entre 'SuperPop' e 'Mega Senha'".
Luciana conta que as cenas do longa foram gravadas no litoral paulista e que ela teve de passar por uma transformação no visual. "Viver uma mulher quase 30 anos mais velha do que eu foi uma doação total ao personagem, tive que passar por um processo de caracterização que durava em média quatro horas, tinha que ficar parada e sem falar", conta Gimenez.
"O Filme dos Espíritos" conta a história de um homem, que após perder a esposa caminha para o suicídio. Prestes a se matar ele se depara com o "Livro dos Espíritos" e começa uma transformação interior, que revela as mudanças do mundo espiritual e as influências no mundo material. A produção do longa é da Mundo Maior Filmes, produtora que pertence a Fundação Espírita André Luiz.
Meus amigos, que Deus vos conceda paz.É-me grata a vossa palestra a respeito dos nossos trabalhos.
Esperemos e supliquemos a bênção do Alto para o nosso esforço. Dando seguimento aos nossos estudos, procuremos esforçar-nos por mostrar a verdadeira posição do Evangelho do Cristo, tanta vez incompreendido aí no mundo, em face das religiões e das filosofias terrenas. Não deverá ser este um trabalho histórico. A história do mundo está compilada e feita. Nossa contribuição será à tese religiosa, elucidando a
influência sagrada da fé e o ascendente espiritual, no curso de todas as civilizações terrestres. O livro do irmão Humberto ("Brasil, Coração do Mundo, Pátria do Evangelho) foi a revelação da missão coletiva de um país; nosso esforço consistirá, tão-somente, em apontamentos à margem da tarefa de grandes missionários do mundo e de povos que já desapareceram, esclarecendo a grandeza e a misericórdia do Divino Mestre. Vamos esperar os dias próximos, quando tentaremos realizar nossos planos humildes de trabalho. Que Deus vos conceda a todos tranqüilidade e saúde, e a nós as possibilidades necessárias. Muito vos agradeço o concurso de cada um no esforço geral. Trabalhemos na grande colmeia da evolução, sem outra preocupação que não seja a de bem servir Àquele que, das Alturas, sabe de todas as nossas lutas e lágrimas. Confiemos nEle. Do seu coração augusto e misericordioso parte a fonte da luz e da vida, da harmonia e da paz para todos os corações. Que Ele vos abençoe.
EMMANUEL
(Mensagem recebida em 17- 8 -1938.)
As raças adâmicas
O SISTEMA DE CAPELA
Nos mapas zodiacais, que os astrônomos terrestres compulsam em seus estudos, observa-se desenhada uma grande estrela na Constelação do Cocheiro, que recebeu, na Terra, o nome de Cabra ou Capela. Magnífico
sol entre os astros que nos são mais vizinhos, ela, na sua trajetória pelo Infinito, faz-se acompanhar, igualmente, da sua família de mundos, cantando as glórias divinas do Ilimitado. A sua luz gasta cerca de 42 anos para chegar à face da Terra, considerando-se, desse modo, a regular distância existente entre a Capela e o nosso planeta, já que a luz percorre o espaço com a velocidade aproximada de 300.000 quilômetros por segundo.
Quase todos os mundos que lhe são dependentes já se purificaram física e moralmente, examinadas as condições de atraso moral da Terra, onde o homem se reconforta com as vísceras dos seus irmãos inferiores,
como nas eras pré-históricas de sua existência, marcham uns contra os outros ao som de hinos guerreiros, desconhecendo os mais comezinhos princípios de fraternidade e pouco realizando em favor da extinção do
egoísmo, da vaidade, do seu infeliz orgulho.
UM MUNDO EM TRANSIÇÕES
Há muitos milênios, um dos orbes da Capela, que guarda muitas afinidades com o globo terrestre, atingira a culminância de um dos seus extraordinários ciclos evolutivos. As lutas finais de um longo aperfeiçoamento estavam delineadas, como ora acontece convosco, relativamente às transições esperadas no século XX, neste crepúsculo de civilização. Alguns milhões de Espíritos rebeldes lá existiam, no caminho da evolução geral, dificultando a consolidação das penosas conquistas daqueles povos cheios de piedade e virtudes, mas uma ação de saneamento geral os alijaria daquela humanidade, que fizera jus à concórdia perpétua, para a edificação dos seus elevados trabalhos As grandes comunidades espirituais, diretoras do Cosmos, deliberam, então, localizar aquelas entidades, que se tornaram pertinazes no crime, aqui na Terra longínqua, onde aprenderiam a realizar, na dor e nos trabalhos penosos do seu ambiente, as grandes conquistas do coração e impulsionando, simultaneamente, o progresso dos seus irmãos inferiores.
ESPÍRITOS EXILADOS NA TERRA
Foi assim que Jesus recebeu, à luz do seu reino de amor e de justiça, aquela turba de seres sofredores e infelizes. Com a sua palavra sábia e compassiva, exortou essas almas desventuradas à edificação da consciência pelo cumprimento dos deveres de solidariedade e de amor, no esforço regenerador de si mesmas. Mostrou-lhes os campos imensos de luta que se desdobravam na Terra, envolvendo-as no halo bendito da sua misericórdia e da sua caridade sem limites. Abençoou-lhes as lágrimas santificadoras, fazendo-lhes sentir os sagrados triunfos do futuro e prometendo-lhes a sua colaboração cotidiana e a sua vinda no porvir. Aqueles seres angustiados e aflitos, que deixavam atrás de si todo um mundo de afetos, não obstante os seus corações empedernidos na prática do mal, seriam degredados na face obscura do planeta terrestre; andariam desprezados na noite dos milênios da saudade e da amargura; reencarnariam no seio das raças ignorantes e primitivas, a lembrarem o paraíso perdido nos firmamentos distantes. Por muitos séculos não veriam a suave luz da Capela, mas trabalhariam na Terra acariciados por Jesus e confortados na sua imensa misericórdia.
FIXAÇÃO DOS CARACTERES RACIAIS
Com o auxílio desses Espíritos degredados, naquelas eras remotíssimas, as falanges do Cristo operavam ainda as últimas experiências sobre os fluidos renovadores da vida, aperfeiçoando os caracteres biológicos das raças humanas. A Natureza ainda era, para os trabalhadores da espiritualidade, um campo vasto de experiências infinitas; tanto assim que, se as observações do mendelismo fossem transferidas àqueles milênios distantes, não se encontraria nenhuma equação definitiva nos seus estudos de biologia. A moderna genética não poderia fixar, como hoje, as expressões dos "genes", porquanto, no laboratório das forças invisíveis, as células ainda sofriam longos processos de acrisolamento, imprimindo-se-lhes elementos de astralidade, consolidando-se-lhes as expressões definitivas, com vistas às organizações do porvir. Se a gênese do planeta se processara com a cooperação dos milênios, a gênese das raças humanas requeria a contribuição do tempo, até que se abandonasse a penosa e longa tarefa da sua fixação.
ORIGEM DAS RAÇAS BRANCAS
Aquelas almas aflitas e atormentadas reencarnaram, proporcionalmente, nas regiões mais importantes, onde se haviam localizado as tribos e famílias primitivas, descendentes dos "primatas", a que nos referimos ainda há pouco. Com a sua reencarnação no mundo terreno, estabeleciam-se fatores definitivos na história etnológica dos seres. Um grande acontecimento se verificara no planeta É que, com essas entidades, nasceram no .........
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Ao contrário do que se imagina o chamado “movimento espírita” não é um bloco monolítico. Em seu interior existem várias correntes interpretativas dos ensinamentos dados pelos Espíritos Superiores liderados pelo “Espírito de Verdade” e reunidos por Allan Kardec.
Não é nossa intenção, por enquanto, tratar detalhadamente de todas as tendências, mas neste e-mail referiremos brevemente a quatro delas, que nos parecem as mais significativas:
a) O chamado “movimento laico”, que recusa todas as referências feitas por Allan Kardec à religião, inclusive várias partes do próprio “O Livro dos Espíritos”, como as Questões 100 e 625, já que não aceitam a existência de Espíritos Superiores e nem a liderança de Jesus nos destinos do Planeta. Este movimento espírita-laico se organiza através da Confederação Espírita Panamericana (http://ccepa.blogspot.com/), com sede na Argentina e representantes em João Pessoa, Santos e Porto Alegre, no Brasil. Os membros da CEPA não assumem compromissos com a prática da Caridade, declaram-se apenas livre-pensadores. Este movimento faz sua divulgação através dos informativos “América Espírita” e “Opinião”.
b) O chamado “movimento da fraternidade”, MOFRA (http://www.mofra.org.br/), fundado na década de 1950, em Belo Horizonte, num razoável período em que se processaram experiências de ectoplasmia dirigidos pelos espíritos Dr. Fritz e Scheilla. Estas experiências desencadearam a fundação de dezenas de “Grupos da Fraternidade Espírita” por todo o país e um projeto frustrado de construção de uma cidade espírita na região de Alto Paraíso, Goiás, que se destinaria ao acolhimento de órfãos. O MOFRA enfatiza a prática da Caridade, tanto material quanto moral, tendo sido uma das principais alavancas para a difusão das chamadas “campanhas do quilo”, hoje um tanto abandonadas. Não conseguimos localizar um informativo nacional deste movimento, mas acreditamos que os grupos filiados devam produzir muitos.
c) O chamado “movimento de unificação”, liderado pela Federação Espírita Brasileira, FEB (http://www.febnet.org.br/site/), com sedes em Brasília e Rio de Janeiro, que enfatiza a interpretação religiosa do espiritismo e propõe rígida hierarquização espírita. A pretensão é submeter todos os espíritas à sua direção e, por conseguinte, ao CEI, Conselho Espírita Internacional, que é dirigido pelas mesmas pessoas que lideram a FEB. Os membros da FEB enfatizam as atividades assistenciais através de convênios com órgãos públicos, orientando seus filiados pelas páginas de seu órgão oficial, a revista “Reformador”, quanto aos procedimentos para manterem-se em dia com o governo.
d) O chamado “movimento de amigos de Chico Xavier e sua obra”, que tem como líderes o médium uberabense Carlos Baccelli (http://www.baccelli.com.br/) e o médium belo-horizontino Geraldo Lemos Neto, e que realiza anualmente encontros nacionais, alternando-os entre Uberaba e Pedro Leopoldo, em Minas Gerais. Os membros deste movimento entendem que a volumosa obra psicográfica e não-psicográfica de Chico Xavier precisa ser mais bem conhecida. No que tange à relação com a sociedade, além da difusão dos conhecimentos espíritas procuram exercitar a Caridade dividindo os recursos que conseguem reunir às próprias expensas ou por meio de doações. Este movimento tem como órgão informativo o “Jornal da Mediunidade”, publicação da Livraria Editora Espírita “Pedro e Paulo” (http://www.leepp.com.br/).
Sobre todos estes movimentos existem livros e informativos que merecem estudo e reflexão, sem qualquer exclusivismo. Espiritismo Explicando não tem preferência por nenhum deles e os respeita igualmente, mas gostaríamos, sinceramente, que entre seus líderes houvesse mais diálogo.
Para deixar bem clara a posição de Espiritismo Explicando nos reportamos à Questão 625 de “O Livro dos Espíritos”, que acreditamos plena de razão: o modelo e guia de toda a humanidade é o Nosso Senhor e Mestre Jesus Cristo. Respeitamos quem pensa diferente de nós e este respeito nasce exatamente de uma das muitas lições do Evangelho:
“A candeia do corpo são os olhos; de sorte que, se os teus olhos forem bons, todo o teu corpo terá luz; Se, porém, os teus olhos forem maus, o teu corpo será tenebroso. Se, portanto, a luz que em ti há são trevas, quão grandes serão tais trevas!” JESUS (Mateus, 6:22-23)
Nós não somos bons, bem sabemos. Somos criaturas imperfeitas, mas pelo menos nos esforçamos para educar nosso olhar e assim tentar enxergar o que pode haver de bom em tudo o que observamos. Foi pensando assim que construímos este e-mail.
Sem que isso signifique qualquer preferência, divulgamos os links para download de algumas canções e em anexo enviamos duas iniciativas que nos chegaram, provavelmente por parte de dois destes segmentos: o MOFRA e os AMIGOS DE CHICO XAVIER E SUA OBRA, que consideramos igualmente contribuições valiosas.
São canções de João Cabete, quatro clássicos do cancioneiro espírita, música que asserena a mente e eleva a alma (“Fim dos Tempos”, “Gratidão a Deus”, “Vem” e “Canção da Fraternidade”, interpretadas por Célia Tomboly - http://letras.terra.com.br/celia-tomboly/ - acompanhada por piano), um singelo convite para estudo público dos programas de TV “Pinga Fogo”, re-editados e publicados pela DVD Versátil, e o convite para uma peça teatral que por enquanto só pode ser encenada no estado do Espírito Santo, dadas as limitações financeiras do grupo.
Sobre as canções não há o que dizer, só ouvir. Sobre a peça teatral igualmente será assistindo que se poderá formar opinião. Mas sobre os programas televisivos Chico Xavier dizemos sem medo de errar que são talvez o ponto mais alto de todos os tempos da TV brasileira. Com segurança, serenidade, simplicidade, humildade, sabedoria e muito bom humor, Chico respondeu a um extenso interrogatório de jornalistas e telespectadores, sobre todo tipo de assunto possível, dando impressionante demonstração de vigor do espiritismo e de seu mandato mediúnico.
ÚLTIMA DICA: para quem se interesse pela leitura de todas as obras da série “Nosso Lar”, de André Luiz (espírito), da série de romances e estudos evangélicos de Emmanuel (espírito), e da série de contos e crônicas de Humberto de Campos (espírito), psicografados por Chico Xavier, ao mesmo tempo em que aprende uma segunda língua, o castelhano, entre em contato com o IDE – Instituto de Difusão Espírita (http://www.idelivraria.com.br/), de Araras, SP, pois eles comercializam estas traduções por preços impressionantemente baixos! Os mesmo livros que nas edições em português da FEB custam R$ 20,00/25,00 e até R$ 50,00, no IDE não ultrapassam R$ 6,00/7,00, pois têm desconte no pagamento antecipado.
Então, prestigie o IDE, estude o espiritismo nas fontes de seu maior intérprete, Chico Xavier, ao mesmo tempo em que aprende a língua de Cervantes e Amália Domingos Soler.
Mas lembre-se que as lições da vida eterna precisam ser lidas com paciência, frase a frase, parágrafo a parágrafo, e bastante meditadas para que se alcance o máximo entendimento.
Bons estudos!
CONVITE
O GRUPO DE TEATRO LUMINUS nasceu de uma oficina de teatro no Grupo da Fraternidade Espírita “JERONYMO RIBEIRO”, de Vila Velha/ES.
O convite para o espetáculo anexo está sendo vendido na secretaria de nossa casa (Rua Henrique Laranja nº 54, Centro, Vila Velha-ES) e o valor é R$ 5,00 e 1 quilo de alimento não perecível.
642. Para agradar a Deus e assegurar a sua posição futura, bastará que o homem não pratique o mal? “Não; cumpre-lhe fazer o bem no limite de suas forças, porquanto responderá por todo mal que haja resultado de não haver praticado o bem.” ( KARDEC, Allan. O Livro dos Espíritos)
Sobretudo entre espíritas de maior formação acadêmica e boa situação social é recorrente a indagação sobre a verdadeira identidade doutrinária. Preocupação natural, já que, possuindo conforto material e certas competências cognitivas, querem saber se está correta sua posição ante a doutrina dos imortais. Para isso fazem pesquisas, que resultam em teses, dissertações, artigos e resoluções congressuais.
O espiritismo é a mais avançada e completa doutrina, pois não contraria a ciência, é progressiva e seu horizonte é a infinitude. Assim, é lamentável grandes inteligências o recusarem por puro preconceito, esse irmão siamês do orgulho e da ignorância. Foi o caso do imortal Machado de Assis, que numa de suas crônicas, ironizou: “Mortos falando?! Era o que me faltava...”. Karl Marx, autor da escatologia materialista histórico-dialética foi outro, tendo anotado em sua obra prima:
“Depois da derrota das revoluções de 1848/1849 começou na Europa um período de mais obscura política reacionária. Enquanto, nesse tempo, as rodas aristocráticas e também as burguesas se entusiasmaram pelo espiritismo, especialmente por fazer a mesa andar, desenvolveu-se na China um poderoso movimento de libertação antifeudal (O Capital, São Paulo: Nova Cultural, 1988, p. 70 – grifos nossos)
Cabe lembrar que, ao elaborar sua célebre Teoria do Valor, que tem o Trabalho como pilar ontológico, Marx criticou Aristóteles por ter se colocado diante desta questão, ao cogitar relação possível entre o valor de um cavalo e um saco de farinha, mas depois virou as costas. No caso do espiritismo o filósofo comunista não fez melhor: tomou conhecimento da “invasão organizada dos espíritos”, conforme denominou Arthur Conan Doyle (o criador de Sherlock Holmes), em seu clássico “História do Espiritualismo”, que começou pelas mesas girantes, provavelmente deve tê-las presenciado, e foi para casa planejar a revolução para a implantação da ditadura do proletariado, com sua promessa de emancipação da humanidade, pelos movimentos da matéria e ao preço da liberdade, em futuro incerto e não sabido.
Referimo-nos a Marx e Machado de Assis, autores laicos e arreligiosos de enorme expressão, para chamar atenção sobre as distorções do intelectualismo que parcelas significativas dos espíritas empregam na busca de orientação em suas condutas perante a existência sem fim. É que Machado e Marx pararam na porta onde outros puseram o primeiro pé, mas receiam colocar o segundo...
É óbvio que o espiritismo deve se relacionar com as correntes progressistas, porém, sobretudo, deve cumprir a sentença do capítulo XV, de “O Evangelho segundo o Espiritismo”: “Fora da caridade não há salvação”! Ter identidade espírita, portanto, é se dedicar ao estudo e reflexão, mas com reserva ponderável espaço para assistir aos necessitados, praticando a caridade. E não vale só doar a sobra de casa, ou mesmo um trocado aqui e outro ali: é preciso ir até o sofrimento, levando entendimento e solidariedade. Porque para quem sofre, menos que a solução da própria dor, mais vale sentir que alguém se importa consigo e ali comparece, em nome de Deus, o mesmo Deus que criou quem consola e quem é consolado.
Dar voltas no “céu” da teoria sem descer a “terra” da prática é contrariar a essência espírita, apenas reeditando o velho deísmo. O espiritismo segue outra direção: conquistas intelectuais (que qualquer escola propõe) são somente meios para desenvolver aptidões espirituais, e não fins em si mesmas. Progresso espiritual, aquele que importa de fato, requer agregar virtudes: da doçura, simplicidade e humildade, passando pela coragem e justiça, até a misericórdia, compaixão e generosidade, dentre outras. Ele desafia os limites especulativos da finitude, onde todas as demais doutrinas estacam, para posicionar-nos no ângulo da eternidade. Por isso o espiritismo ensina que aqueles que sabem podem muito, mas os que amam podem imensamente mais, sendo esta sua verdadeira identidade.
A Vida é dom gratuito, pois Deus nada nos cobra por ela. Por que, então, somos egoistas?
O Culto do Evangelho no Lar não é uma inovação. É uma necessidade em toda parte, onde o Cristianismo lance raízes de aperfeiçoamento e sublimação.
A Boa-Nova seguiu da Manjedoura para as praças públicas e avançou da casa humilde de Simão Pedro para a glorificação no Pentecostes.
A palavras do senhor soou, primeiramente, sob o teto simples de nazaré e, certo, se fará ouvir, de novo, por nosso intermédio, antes de tudo, no circulo dos nossos familiares e afeiçoados, com os quais devemos atender ás obrigações que nos competem no tempo.
Quando o ensinamento do Mestre vibre entre as quatro paredes de um templo doméstico, os pequeninos sacrifícios tecem a felicidade comum.
A observação impensado é ouvida sem revolta. A calúnia é isolada no algodão do silêncio. A enfermidade é recebida com calma. O errro alheio encontra compaixão. A maldade não encontra brechas para insinuar-se.
E aí. dentro desse paraíso que alguns já estão edificando, em benefício deles e dos outros, o estímulo é um cãntico de solidariedade incessante, a bondade é uma fonte inexaurível de paz e entendimento, a gentileza é inspiração de todas as horas, o sorriso é a senha de cada um e a palavra permanece revestida de luz, vinculada ao amor que o Amigo celeste nos legou.
Somente depois da experiência evangélica do lar, o coração está realmente habilitado para distribuir o pão divino da Boa-Nova, junto da multidão, embora devamos o esclarecimento amigo e o conselho santificante aos companheiros da romagem humana em todas as circustâncias.
Não olvidemos os impositivos da aplicação com o Cristo, no Santuário familiar, onde nos cabe o exemplo de paci~encia, compreensão, fraternidade, serviços, fé e bom ânimo, sob o reinado legítimo do amor, porque estudando a Palavra do Céu em quatro Evangelhos que constituem o Testamento da Luz, somos, cada um de nós, o quinto Evangelho inacabado, mas vivo e atuante, que estamos escrevendo com os próprios testemunhos, a fim de que nossa vida seja uma revelação de Jesus, aberta ao olhar e à apreciação de todos, sem necessidade de utilizarmos muitas palavras na advertência ou na pregação.
Emmanuel
Página extraída do Livro " Instrumentos do tempo", psicografado pelo médium Francisco Cândido Xavier
''O público está interessado em espiritualidade'', diz diretora de ''As Cartas Psicografadas por Chico Xavier''
ALYSSON OLIVEIRA
Do Cineweb
“O público está muito interessado em filmes que falem da espiritualidade”, constata a documentarista Cristiana Grumbach, que lança nesta semana seu segundo longa, “As cartas psicografadas por Chico Xavier”. Apesar do sucesso do “Tropa de Elite 2”, a diretora acredita que, no ano do centenário do médium mais famoso do Brasil, essa temática está mais forte do que nunca – prova disso são os sucessos “Chico Xavier” e “Nosso Lar”.
“Vivemos no maior país espírita do mundo, embora nem sempre isso esteja nos dados. Uma peculiaridade do brasileiro é, além de manter a sua religião, transitar pelas outras. Há uma grande curiosidade e interesse das pessoas em questionar esse tipo de tema”, explica a documentarista que começou a trabalhar no seu longa em 2004, quando sentiu curiosidade de saber como seria receber uma carta de seu avô, de quem foi muito próxima.
Cristiana, antes de fazer o filme, se considerava uma pessoa cética. Depois, talvez sua posição tenha mudado um pouco. “Não sei, o espiritismo é um assunto que me interessa. Eu me questionava de qual seria o sentimento de receber uma carta de quem já morreu. Como isso deve mudar a vida de uma pessoa?”. Com essa ideia em mente, a diretora foi atrás de pessoas que podiam lhe contar sobre suas experiências.
Ao final, ficaram no filme oito famílias que lhe contaram suas experiências. “Eu me concentrei nas histórias de mães e pais por terem maior força e por que o Chico [Xavier] também dava mais atenção a eles. Achei devia manter essa espécie de fidelidade ao trabalho dele”. Diferente de seu primeiro longa, “Morro da Conceição”, Cristiana diz não querer traçar perfil de seus entrevistados, saber de sua vida pregressa ou algo assim. “A ideia era concentrar na carta, na relação dessas pessoas com a correspondência que receberam de seus filhos mortos”.
Cristiana não chegou a conhecer Chico Xavier, mas um amigo que esteve em Uberaba acompanhou algumas sessões de psicografia. Quando ele lhe contou sobre a experiência, instigou ainda mais a curiosidade da documentarista. Para encontrar seus entrevistados, ela contou com a ajuda de pessoas ligadas a centros espíritas e estudos sobre a vida e obra de Chico Xavier.
A versão que chega aos cinemas de “As cartas psicografadas por Chico Xavier” é 20 minutos mais curta do que aquela apresentada em festivais, entre eles em Paulínia, em julho passado. “Foi uma decisão muito difícil, inclusive porque a pessoa que ficou de fora tinha uma expectativa com o filme. Mas tive de excluir aquela que tinha o menor depoimento e a maior carta lida em voz alta.”
Estou estreiando este meu novo blog ( os outros são: http://www.falandoaosmontes.blogspot.com/ e http://www.paginaemdia.blogspot.com/ ) com este texto que eu recebi por e-mail e que expressa minha opinião e é muito semelhante ao que penso a respeito do que aconteceu durante a campanha eleitoral de 2010. Ou seja a oportunismo por parte de um grupo que se aproxima cada vez mais da extrema direita, beirando o fascismo e contaminando um assunto tão sério para a nação com seus interesses eleitoreiros e de ambições pessoais. Eu sou Espírita e também sou contra o aborto, é um tema dificil de tratar sem cair na tentação da condenação daqueles que a praticaram, por isso neste caso é sempre muito importante a ponderação nas críticas e por isso é sempre bom pedir a espiritualidade que nos ajude. A utilização da Religião e da crença das pessoas para atingir uma candidata de forma covarde, desviou os debates de assuntos fundamentais para o desenvolvimento social e econômico do País. Talvez aqueles que criaram estes boatos tivessem mesmo esta intenção.
O texto eu recebi através do e-mail abaixo. Desde já agradeço
ao Espiritismo Explicando.
espiritismo.explicando@gmail.com
DLMA E O ABORTO
O autor é o professor de Filosofia Antonio Baracat, do Instituto Federal do Sul de Minas, Campus Inconfidentes.
Pouquíssimas mulheres governaram o Brasil. Na Colônia, D. Maria I, rainha de Portugal, condenou Tiradentes à morte e os Inconfidentes Mineiros ao degredo na África; no Império, D. Isabel substituiu seu pai e entrou para a história determinando o fim da escravidão; agora teremos D. Dilma Roussef na presidência, de quem se espera o melhor, até porque ela foi eleita em função da expectativa de continuidade da boa orientação governamental do presidente Lula.
A eleição presidencial contou com tradicionais polêmicas, mas ficou marcada mesmo pelo clima pesadíssimo de preconceitos religiosos contra a candidata, associada a defesa do aborto. Supostos cristãos de todas as denominações se colocaram no cenário eleitoral fazendo acusações, em que se destacou a mulher do candidato Serra, D. Mônica, que disse textualmente ser objetivo de D. Dilma “matar criancinhas”, embora, curiosamente, tenha sido a mesma D. Mônica Serra quem confessou ter praticado um aborto...
As acusações contra a presidente Dilma não são descontextualizadas, pois seu partido, o PT, tem no programa a defesa do aborto, tanto que em 2009 puniu com suspensão o deputado presbiteriano do Acre, Henrique Fontes, e o deputado espírita da Bahia, Luiz Bassuma, por se posicionarem publicamente contra a legalização do aborto. Fontes e Bassuma migraram para o Partido Verde e de lá apoiaram a candidatura de José Serra, somando-se às vozes que acusaram Dilma.
Tão intensa foi a campanha antiaborto contra D. Dilma que ela veio a público, através de Carta-Compromisso, assumir que não proporá a legalização do aborto, além de afirmar reiteradamente ser pessoalmente contra o aborto, apesar do que se sente no dever de equacionar o tratamento do problema, que envolve cerca de três milhões e meio de abortos clandestinos anuais, com consequências ruinosas para muitas mulheres, inclusive a morte.
Pela importância atribuída pelas duas candidaturas ao assunto é de se inferir que seu peso não é pequeno na opinião pública. Por isso penso que a presidente Dilma deve contar com ajuda para tratar de tão delicado tema.
CONTINUA ........
A Outra Palavra: DILMA E O ABORTO: "Estou estreiando este meu novo blog ( os outros são: http://www.falandoaosmontes.blogspot.com/ e http://www.paginaemdia.blogspot.com/ ) com ..."
PARA O ESPIRITISMO, não há nada aterrador ou trágico na desencarnação, desde que seja encarada com naturalidade, respeitando-se as sábias Leis de Deus.
ENTRETANTO, como se processa a desencarnação é o que todo mundo deseja saber. Na verdade, o homem, desde a mais remota antigüidade, deseja decifrar esse enigma.
E O ESPIRITISMO, agora, desvenda-o para todos.
DESSA FORMA, vamos narrar a desencarnação de um Espírito que foi espírita no Brasil, descrita por ele mesmo, através da mediunidade de Chico Xavier.
DESENCARNAÇÃO DESCRITA PELO PRÓPRIO ESPÍRITO, ATRAVÉS DA MEDIUNIDADE PSICOGRÁFICA DE FRANCISCO CÂNDIDO XAVIER.
Livro: Crônicas de Além-Túmulo
Humberto de Campos & Chico Xavier
Silêncio augusto cai sobre a Cidade Santa. A antiga capital da Judéia parece dormir o seu sono de muitos séculos. Além, descansa Getsêmani, onde o Divino Mestre chorou numa longa noite de agonia; acolá, está o Gólgota sagrado, e em cada coisa silenciosa há um traço da Paixão que as épocas guardarão como sempre. E, em meio de todo o cenário, como um veio cristalino de lágrimas, passa o Cedron silencioso, como se as suas águas mudas, buscando o Mar Morto, quisessem esconder das vistas dos homens os segredos insondáveis do Nazareno.
Foi assim, numa destas noites, que vi Jerusalém, vivendo a sua eternidade de maldições.
Os Espíritos podem vibrar em contacto direto com a História. Buscando uma relação mais íntima com a cidade dos profetas, eu procurava observar o passado vivo dos Lugares Santos. Parece que as mãos iconoclastas de Tito por ali passaram como executoras de um decreto irrevogável. Por toda parte ainda persiste um sopro de destruição e desgraça. Legiões de duendes, embuçados nas suas vestimentas antigas, percorrem as ruínas sagradas e, no meio das fatalidades que pesam sobre o império morto dos judeus, não ouvem os homens os gemidos da humanidade invisível.
Nas margens caladas do Cedron, não longe talvez do lugar sagrado onde o Salvador esteve com os discípulos, divisei um homem sentado sobre uma pedra. De sua expressão fisionômica irradiava-se cativante simpatia.
- Sabe quem é este? – murmurou alguém aos meus ouvidos – Este é Judas...
- Judas?
- Sim. Os Espíritos apreciam, às vezes, não obstante o progresso que já alcançaram, volver atrás, visitando os sítios onde se engrandeceram ou prevaricaram, sentindo-se repentinamente transportados aos tempos idos. Então, mergulham o pensamento no passado, regressando ao presente, dispostos ao heroísmo necessário do futuro. Judas costuma vir à Terra, nos dias em que se comemora a Paixão de Nosso Senhor, meditando nos seus atos de antanho...
Aquela figura de homem magnetizava-me. Não estou ainda livre da curiosidade de repórter, mas entre as minhas maldades de pecador e a perfeição de Judas existia um abismo. Meu atrevimento, porém, e a santa humildade do seu coração ligaram-se, para que eu o entrevistasse, procurando ouvi-lo:
- O Senhor é de fato o ex-filho de Iscariotes? – perguntei.
- Sim, sou Judas, respondeu aquele homem triste, enxugando uma lágrima nas dobras de sua longa túnica. Como o Jeremias, das Lamentações, contemplo às vezes esta Jerusalém arruinada, meditando no juízo dos homens transitórios...
- É uma verdade tudo quanto reza o Novo Testamento a respeito da sua personalidade, na tragédia da condenação de Jesus?
- Em parte... Os escribas que redigiram os Evangelhos não atenderam às circunstâncias e às tricas políticas que, acima dos meus atos, predominaram na nefanda crucificação. Pôncio Pilatos e o tetrarca da Galiléia, além dos seus interesses individuais na questão, tinham ainda a seu cargo salvaguardar os interesses do Estado romano, empenhado em satisfazer às aspirações religiosas dos anciãos judeus. Sempre a mesma história. O Sinedrim desejava o reino do Céu, pelejando por Jeová a ferro e fogo; Roma queria o reino da Terra. Jesus estava entre essas forças antagônicas, com a sua pureza imaculada. Ora, eu era um dos apaixonados pelas idéias socialistas do Mestre; porém, o meu excessivo zelo pela doutrina me fez sacrificar o seu fundador. Acima dos corações, eu via a política, única arma com a qual poderia triunfar e Jesus não obteria nenhuma vitória com o desprendimento das riquezas. Com as suas teorias nunca poderia conquistar as rédeas do poder, já que, em seu manto de pobre, se sentia possuído de um santo horror à propriedade. Planejei, então, uma revolta surda, como se projeta hoje em dia na Terra a queda de um chefe de Estado. O Mestre passaria a um plano secundário e eu arranjaria colaboradores para uma obra vasta e enérgica, como a que fez mais tarde Constantino Primeiro, o Grande, depois de vencer Maxêncio às portas de Roma, o que, aliás, apenas serviu para desvirtuar o Cristianismo. Entregando, pois, o Mestre a Caifás, não julguei que as coisas atingissem um fim tão lamentável e, ralado de remorsos, presumi que o suicídio era a única maneira de me redimir aos seus olhos.
- E chegou a salvar-se pelo arrependimento?
- Não. Não consegui. O remorso é uma força preliminar para os trabalhos reparadores. Depois da minha morte trágica, submergi-me em séculos de sofrimento expiatório da minha falta. Sofri horrores nas perseguições infligidas em Roma aos adeptos da doutrina de Jesus e as minhas provas culminaram em uma fogueira inquisitorial, onde, imitando o Mestre, fui traído, vendido e usurpado. Vitima da felonia e da traição, deixei na Terra os derradeiros resquícios do meu crime, na Europa do século XV. Desde esse dia em que me entreguei por amor do Cristo a todos os tormentos e infâmias que me aviltavam, com resignação e piedade pelos meus verdugos, fechei o ciclo das minhas dolorosas reencarnações na Terra, sentindo na fronte o osculo de perdão da minha própria consciência...
- E está hoje meditando nos dias que se foram... – pensei com tristeza.
- Sim... estou recapitulando os fatos como se passaram. E agora, irmanado com Ele, que se acha no seu luminoso Reino das Alturas, que ainda não é deste mundo, sinto nestas estradas o sinal dos seus passos divinos. Vejo-o ainda na cruz, entregando a Deus o seu Destino... Sinto a clamorosa injustiça dos companheiros que o abandonaram inteiramente e me vem uma recordação carinhosa das poucas mulheres que o ampararam no doloroso transe. Em todas as homenagens a Ele prestadas, eu sou sempre a figura repugnante do traidor. Olho complacentemente os que me acusam sem refletir se podem atirar a primeira pedra... Sobre o meu nome pesa a maldição milenária, como sobre estes sítios cheios de miséria e de infortúnio. Pessoalmente, porém, estou saciado de justiça, porque já fui absolvido pela minha consciência, no tribunal dos suplícios redentores.
Quanto ao Divino Mestre – continuou Judas com os seus prantos -, infinita é a sua misericórdia e não só para comigo, porque, se recebi trinta moedas vendendo-o aos seus algozes, há muitos séculos Ele está sendo criminosamente vendido no mundo, a grosso e a retalho, por todos os preços, em todos os padrões do ouro amoedado...
- É verdade – concluí -, e os novos negociadores do Cristo não se enforcam depois de vendê-lo.
Judas afastou-se, tomando a direção do Santo Sepulcro, e eu, confundido nas sombras invisíveis para o mundo, vi que no céu brilhavam algumas estrelas sobre as nuvens pardacentas e tristes, enquanto o Cedron rolava na sua quietude como um lençol de águas mortas, procurando um mar morto.
"Louco, esta noite te pedirão a tua alma" - JESUS ( Lucas, 12:20)
Que pedes à vida amigo?
Os ambiciosos reclamam reservas de milhões.
Os egoístas exigem todas as satisfações para si somente.
Os arbitrários solicitam atenção exclusiva aos caprichos que lhes são próprios.
Os vaidosos reclamam louvores.
Os invejosos exigem compensações que lhes não cabem.
Os despeitados solicitam considerações indébitas.
Os ociosos pedem prosperidade sem esforço.
Os tolos reclamam divertimento sem preocupação de serviço.
Os revoltados reclamam direitos sem deveres.
Os extravagantes exigem saúde sem cuidados.
Os impacientes aguardam realizações sem bases.
Os insaciáveis pedem todos os bens, olvidando as necessidades dos outros.
Essencialmente considerando, porém, tudo isto é verdadeira loucura, tudo fantasia do coração que se atirou exclusivamente à posse efêmera das coisas mutáveis.
Vigia, assim, cautelosamente, o plano de teus desejos.
Que pedes a vida?
Não te esqueças de que, talvez, nesta noite, pedirá o Senhor a tua alma.
Emmanuel
Médium: Francisco Cândido Xavier
Do Livro: "Vinha de Luz" - FEB